domingo, 12 de junho de 2016

Crítica: Invocação do Mal 2.



Crítica: Sete anos após os eventos de Invocação do Mal (2013), Lorraine (Vera Farmiga) e Ed Warren (Patrick Wilson) desembarcam na Inglaterra para ajudar uma família atormentada por uma manifestação poltergeist na filha. A trama é baseada no caso Enfield Poltergeist, registrado no final da década de 1970.

O roteiro apresenta-se bem desenvolvido e conseguindo atrair, prender e imergir os espectadores de maneira definitiva  em uma ótima execução. Ao utilizar como referência o primeiro filme da franquia, Invocação do Mal (2013), em relação a esta nova produção fica perceptível que no enredo praticamente se faz aplicada a mesma fórmula do primeiro com elementos adicionados e mais recursos tanto no âmbito da trama como dos efeitos. Os acontecimentos ocorrem em desdobramentos com um bom ritmo. Neste capítulo de Invocação do Mal, existem diversas informações em segundo plano, mas estas não se perdem ao longa do desenrolar do filme. A história é contada em um tom de horror gerando um clima único e uma rica ambientação promovendo os desdobramentos com muita competência. A proposta em um longa deste gênero foi concebida e alcançada em todo o tempo da projeção criando uma atmosfera assustadora e de qualidade para o público espectador.

Os personagens novamente foram extremamente bem explorados. Os protagonistas: Lorraine Warren (Vera Farmiga), e  Ed Warren (Patrick Wilson), atendem as expectativas interpretando os seus papéis com continuidade e respeitando a linha de representação adotada no primeiro filme da franquia. Vera Farmiga entrega uma atuação sóbria de qualidade que em momentos decisivos cresce e toma para si o protagonismo. Patrick Wilson, constrói  um personagem empático que funcionalmente conduz em determinados instantes a trama e elabora um formidável jogo de cena com a personagem Lorraine Warren. O elenco infantil possui uma boa composição, com destaque pleno para o domínio de cena e a atuação das sequências da atriz Madison Wolfe (Janet Hodgson). O longa apresenta  coadjuvantes de personalidade que complementam o roteiro como todo. Coadjuvantes que merecem destaque: Francis O´Connor, vive o papel da mãe de Janet Hodgson, Peggy Hodgson, Simon McBurney como  Maurice Grosse e Franka Potente vivendo Anita Gregory.

O filme trabalha aspectos de maneira direta com um rubor específico que transmitem uma tensão psicológica em cenários pertubadores em meio a um enredo aterrador. O longa é composto em sequências de alto nível, com efeitos visuais incorporados na dose certa e a trama cumpre o propósito estabelecido para uma produção de terror. James Wan mostra pela segunda vez uma competência extrema na elaboração, efetivação e constituição do roteiro e direção. As cenas instigam o temor e produzem sustos, com inteligentes e incríveis tomadas que concedem movimentos de câmera e diálogos bem executados. Invocação do Mal 2 é um terror genuíno e brilhante. Uma maravilhosa sequência da franquia e um dos melhores filmes do gênero no cinema já feitos.




Ficha técnica:

Elenco: Vera Farmiga, Patrick Wilson, Frances O´Connor, Simon McBurney, Steve Coulter, Franka Potente, Shannon Kook-Chun, Madison Wolfe, Sterling Jerins, David Thewlis, Abhi Sinha.
Direção: James Wan.
Roteiristas: Carey Hayes, Chad Hayes, James Wan, David Leslie Johnson. 
Produtores: James Wan, Peter Safran, Rob Cowan.
Produtoras: New Line Cinema, Dune Entertainment, The Safran Company, Warner Bros.












    

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